quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sem delongas

Estou sem inspiração e não estav escrevendo porque não estou conseguindo escrever os meus problemas com graça como sempre procuro fazer. Não quero me sentir derrotada mas voltei a tomar remédios.

sábado, 5 de setembro de 2009

Semana suada

Ai ai ai, que maneira doída começar um texto com ai, pois é, mas isso tem um motivo... A minha semana foi dolorida. (Ai quanta dramaticidade).

Fiquei bastante tempo sem escrever, porque estava usando meu tempo para ter crises de pânico. Olha não sei o que aconteceu nessa semana, mas foi uma semana de superação. Estou tendo um pouquinho de dificuldades para começar a escrever, talvez pareça meio confuso, porque minha mente gira (ainda bem).

Como escrevi na postagem anterior, tive uma crise dentro do fusquinha, foi terrível, depois de tanto tempo, ter uma crise daquele jeito, aquilo me serviu para posteriormente eu ter medo de ter medo. Pois é e ainda por cima estava com a agenda cheia, então na sexta a noite, depois da crise, já estava pensando no meu trabalho na segunda-feira. Já sofria, chorava, e estava com pavor, sem falar que estava com a minha boca cheia de aftas por causa do antibiótico, então mas estava comendo, logo estava cheia de tonturas, olha como a minha cabeça estava trabalhando...
Só que surpresa, não passei mal na segunda-feira, ufa! Não passei mal na terça-feira, (acabei gravando em Santana de Parnaíba, se eu soubesse disso antes, com certeza tinha tido um colapso na segunda a noite), Ufa! Fui fazer um teste na quarta, com minha mãe junto. Não passe mal.

Se eu não passei mal todos esses dias como eu estava prevendo com certeza seria no dia que pintassem meu cabelo ( fiz um evento de cor e corte), tenho pavor de cheiros, já tenho alergia e me sufoco só de chegar perto. Na quinta, fui experimentar o figurino do evento, descobri que sexta tinha que pintar meu lindo cabelo virgem e castanho. Fui no salão na sexta, trabalhando a a clama da minha mente. Cheguei meio-dia, só foram mexer no meu cabelo a noite. Enquanto isso, fazia contagem regressiva da esperado momento. Quando começaram a pintar, tive um nano segundo de medo, passou, mas depois de um tempo não resisti, caiu minha pressão e minha mente já se preparou para o pior, tive que tomar antialérgico e respirar fundo e tentar não morrer de vergonha. Faltava só mais um produto nas minhas madeixas, quando me falaram passa o tonalizante depois. "Não!" Eu disse em tom de bravura. "Eu consigo agora, bem melhor", Mal sabiam que era por medo de ter que passar por isso de novo, já tinha começado, então vamos logo com isso...

Sábado tive uma gravação, cheguei as noves horas, só fui gravar as 6h da tarde, detalhe, ter ficado algumas horas no salão de cabelo molhado, me fez ter uma recaída. Passei o sábado com febre e com medo de passar mal, de ter falta de ar. De estar coma nova gripe. De desmaiar, Até que o produtor de elenco disse: "De novo, ela vive doente, na outra gravação ela também estava". Não foi bem assim, na outra gravação ficamos sem comer o dia inteiro, logo fiquei com dor de cabeça.
Depois dessa colocação fui pro banheiro chorar, já estava mal mesmo, sentei no chão e chorei. Cheguei em casa umas nove horas.

Domingo, tcharam dia muito esperado, estava pronta para ter uma crise agora, me controlei todos esses dias não conseguiria resistir. Não comi nada para não correr risco de ter alergia. Fiquei com fome e feliz, porque fiquei sentadinha no stand, me controlando a todo momento, mas pelo menos estava sentada, as outras meninas estavam todas de pé no palco. Voltei para minha casita com duas das meninas muito queridas e divertidas, elas moram em Suzano e por isso dormiram casa, moro pertinho de onde foi o evento.

Segunda, segundo dia do evento. É hoje! Pensei. Já no salão antes de irmos pro evento, já estava com medo, já tinha chorado, já estava segurando a respiração, até que pra variar na fase mais crítica, apareceu um anjo. Quem me maquiou não foi o maquiador, mas quem tinha pintado meu cabelo por isso senti liberdade de conversar com ela. Ela disse que podia contar com ela. Olha fui nervosa mais funcionou. Deus sempre me manda um anjo. Estava com pavor de desmaiar no palco, de sufocar, e de passar vexame. Quem acabou passando mal, foram as duas meninas que dormiram em casa, primeiro uma e depois a outra, estávamos o dia inteiro sem comer.
Resultado, fiquei com elas até melhorarem, voltei pra casa, feliz e contente de cabelo ruivo e curto. Cansadíssima de segurar tanto a onda. Capotei de sono, só que tive a segunda recaída com direito a bronquite. Agora estou melhor e de molho!

O pânico é fruto da imaginação

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pânico no fusquinha

É incrível como me desconcentro rápido. Estava empolgada pra escrever mas já perdi toda essa concentração. Mas vou tentar mesmo assim.

Minha mãe vive dizendo que me admira e que me acha muito corajosa estou sempre enfrentando meus medos, sabem o que isso significa?
Que eu sou bastante medrosa.

Essa semana foi de conquistas e dificuldades muito grandes pro meu coração, tive uma crise de pânico feia depois de tantos anos, (antes de tomar remédio foi a última), cheguei a ponto de sentir que ia desmaiar. Tive faringite, tomei antibióticos e isso me deixou com muitas afta na garganta, que me deixou com a sensação de sufoco. Fora isso, depois de muito tempo que não tinha asma por nervoso tive quinta-feira, um dia antes da minha crise. o meu namorado tava com febre e não se sabia porque.
Sexta o dia do acontecimento tive asma ´por motivos de ansiedade, sensação de sufocamento no meio do trânsito de São Paulo, dentro de um fusquinha azul, resultado: deixei minha mãe nervosa, queria respirar para me aclamar e quando mais eu tentava mais me faltava ar e então ficava com mais medo.
Consegui não gritar, mas em compensação meu corpo todo reagiu com formigamento, minhas mão focaram duras e já estava quase perdendo os sentido, minha mãe quase bateu o carro na 23 de maio, e começamos a cantar um hino e comecei me acalmar.
Observação muito importante que só agora estou me dando conta, não fiquei envergonhada depois.


Tá isso foi um acontecimento que pode ter sido isolado como pode não ser também, acontece que passei o fim de semana fritando meu cérebro e e sofrendo com medo de que tivesse que voltar a tomar remédio, "não quero ter pânico de novo, mas também não quero correr o risco", esse era meu constante pensamento.
A dúvida do Tomar ou não tomar o remédio volta a assombrar?
Não quero tomar decisões precipitadas então antes de voltar pro médico dizendo que estou ficando biruta e vou descansar e amanhã eu penso sobre isso.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Começar pelo começo

Olha é a primeira vez que escrevo o título antes da postagem. Sabem o que isso significa? Hoje vou fazer valer a frase" Vou começar pelo começo".

Pois é, por enquanto só estou enchendo linguiça porque só de pensar o que quero escrever me dá uma canseira...

Parei de tomar anti-depressivos (tá mas isso não é o começo). Comecei a tomar antidepressivos ( também não é o começo). Ok quando eu tinha sete anos (agora sim)... Então vamos lá:

Lembro muito dessa idade mas não sei bem ao certo se eu tinha 7 anos, quando eu estava chorando com a minha mãe sentada na calçada esperando meu pai chegar. Nessa época meu pai trabalhava muito em uma multinacional e como meu pai trabalhava com máquinas pesadas, ele trabalhava fora do horário comercial, normalmente na madruga, naquela época não tínhamos celular, e minha madrecita e eu, duas neuróticas (vide lista de anormalzinhos "Sou mãe neurótica"), ficávamos esperando meu pai, com muita angústia como se ele não fosse voltar, chegamos a ir várias vezes até a empresa pra saber se ele estava bem. Carreguei isso até s dias atuais, mas estou bem melhor, bem melhor mesmo. Essas eram minhas crises de angustia.

Com nove anos tive minha primeira crise de pânico, estava toda minha família em casa feliz e contente, eu brincando de ser batucada pelos meus dois irmãs, quando puf, comecei a gritar dizendo que estava com falta de ar e ia morrer. Meu pai anjo-da-guarda que teve síndrome do pânico na juventude, sagaz disse: - Filhinha, corre pegar o chinelinho que a gente vai no médico.
Subi as escadas correndo, acho que quem está morrendo com falta de ar, não sobe correndo uma escada, ? Pois, é fomos ao hospital e o médico me acalmou, tinha só nove anos, pobrezinha de mim. E assim por diante comecei a ter diversas crises. Fui na terapia pela primeira vez. A psicóloga perguntou se eu sabia porque estava ali e eu realmente não sabia e foi o que respondi. Não sei quantas sessões foram, mas acho que não fizeram a mínima diferença.

Aos doze anos, fui a terapia de novo, daí eu lembro, fiquei um tempinho, só que sempre chorava quando saia da sessão, chorava tanto, durava uns quatro ou cinco dias e quando estava melhorando lá vinha outra sessão. Puxa não foi fácil. Teve um dia que disse que não queria mais, minha mãe entendeu e parei. Fiquei anos doente, jurando que era síndrome do pânico, mas recentemente descobri que não (mas isso não é começo e mais tarde eu conto). Tive muitas crises de pânico achando que estava morrendo com falta de ar. MAs tive crises muito piores...

Tive uma doença que também chamava de pânico que só de lembrar me cai lágrimas nos olhos, foi uma época de muito sofrimento, não tive adolescência, pelo menos não comum. Enfim, eu não queria viver, mas também não queria morrer, mas então o que fazer, eu não tinha pra onde ir, não podia morrer que não sei se estaria satisfeita, viver era terrível, meu maior desejo era não ter nascido. Mas desde peque na sempre tive muita fé, meu pai católico e minha mãe evangélica, cada um me levava pra uma igreja pra eu escolher. Escolhi a protestante e desde pequenininha, colocava o véu na cabeça e orava com muita fé. Sempre senti Deus muito próximo de tão ´próximo quase personificado e do meu lado sempre. E nesses momentos dessas dores tão terríveis e inexplicáveis, eu gritava dizendo que queria morrer, pedia pra minha mãe me bater. Que eu não aguentava mais, cheguei a me jogar da escada várias vezes sem perceber. Às vezes dormindo eu começava gritar nem assim eu tinha paz. Mas nunca esmoreci e sempre me ajoelhava pedindo e agradecendo a Deus. Chegou um momento que acreditei estar enlouquecendo, não aguentava mais, chorava muito, doía muito, eu realmente acreditava que não estava mais saudável.
Deus falava muito comigo nas Palavras (na igreja tem um momento que chamamos de Palavra), chorava, mas não esqueço de quando Deus falou Ana, Deus te ama, você acha que tá enlouquecendo mas teu cativeiro está acabando, você é a coroa da pérola de Deus (detalhe, não conheço ninguém na igreja, entro e saio sem falar com ninguém do ministério). Aquele dia, senti algo muito bom, como se eu estivesse subindo, vi tudo branco, pelo menos é essa a sensação que eu tenho. Mal via as pessoas, mas tive medo daquela sensação, mas acho que se eu não tivesse medo eu teria ido embora, não sei pra onde, mas teria. Passaram alguns anos continuei tendo fé, só que parecia que estava perdendo a sanidade e Deus sempre falando comigo.

A minha última crise foi dentro do box, no chuveiro, já não aguentava mais, vi um redemoinho cinza em cima da minha cabeça como se todos o medos e sensações viessem de uma vez. Detonei o box com um soco e um chute. Não esqueço, minha mãe entrou e eu disse, "Me larga, que eu quero falar com Deus", naquele momento chorei, orei e falei com Deus que não aguentava mais, que aquela seria a última crise, porque não suportava mais , tinha certeza que se tivesse mais uma, não estaria aqui escrevendo. Lembro que tive dois arranhões. Fiquei como morta por quatro dias, era um feriado, não comia nem chocolate. Lembro que meus pais me levaram pra almoçar em Cotia e olhava o garçom e o invejava, queria ter uma vida como a dele, nossa como eu desejava estar despreocupada como ele. Doeu muito, emagreci bastante naqueles quatro dias. Mas fiquei salva. Deus me libertou daquela doença tão terrível e insuportável, e não lembro quando mas na Palvra Deus havia me dito que me cativeiro ia durar sete anos e aos dezesseis anos do mesmo jeito que a doença veio, foi embora.

Depois, desse pior momento da minha vida, dei espaço para as crises de síndrome do pânico de novo, e comecei a me sentir sufocada em lugares fechados como a sala de aula, elevadores e metrô, e lugares cheios, enfim. Mas estava levando, fiz faculdade de artes cênicas, fiquei bem, fiz uma viagem de dois meses longe dos meus pais, tive uma crise de bronquite nem contei pra eles, fiquei ótima, mas quando voltei, voltei com o triplo de medo e até medo de entrar em palco eu tive, desmaiei segundos antes de entrar em cena. Foi quando comecei a tomar antidepressivos e ansiolítcos para dormir, porque também tinha crises de insônia.
Voltei a fazer terapia, só que agora faço por gosto e sinto que estou me descobrindo a cada sessão e em uma dessas sessões que descobri que tive depressão profunda, pra mim era só síndrome do pânico. Pode parecer estranho, mas entender um pouco o que passei me faz mais tranquila internamente, embora esteja aparentando um pouco mais pimenta.

Meio comprida essa postagem, mas precisava escrever. Talvez seja por eu ter tido tantas "crises", que teve uma hora falei "Ah, não, me dá um remedinho aí, chega". Eu adorava meus comprimidinhos e fazia apologia a nova geração de drogas. É eu amava as drogas por isso foi difícil me libertar delas.

Obs: Ainda preciso de uma ajuda química pra dormir, afinal ninguém é de ferro.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Devagar e sempre

OLha, eu sei que essa palavra tem sido constante no meu blog. mas infelizmente é o que mais resume a fase que estu passando: "Difícil" .

Estava de greve porque semana passada foi dificílimo, tenho até receio de contar como foram as crises, só digo, que teve muito direito a socos na parede ( que ficou roxa), muito choro histérico e medo muito medo.

Resumi bem, mas bem resumidinho, porque a coisa foi muito feia. mas como não quero tornar nada trágico e estou com priguicite conto quando estiver menos mal humorada, 9 porque além de tudo estou mal humorada).

Mas voltei a dirigir, isso é bom, embora esteja com muito medo do trânsito, acho que eu sou um pino de boliche e e todos querem me atingir, inclusive os pedestres.
Mas pelo menos voltei.

Devagar e sempre!

domingo, 19 de julho de 2009

Tratamento de choque

Seguirei os conselhos e agirei, como se as novas sensações sejam só novas sensações e não frutos da abstinência.

Sei que a noite é terrível pra mim, junto com a noite parece que chega uma tristeza infinda, principalmente de domingo. Acredito que talvez seja a não realização profissional. Meus trabalhos são sempre muito difíceis em alguns momentos humilhantes, mas como diz o Dani, tudo é escolha e eu escolhi essa profissão, agora eu tenho que escolher o que quero trabalhar nessa profissão.

Hoje conscientemente optei por mim e optei pelo que eu acho digno.

Já chorei, já sofri, já sorri, já brinquei e amo. Amo sempre e como diz minha amga Dé "O amor é resposta pra tudo".

Hoje as minhas palavras podem estar meio confusas, mas nem sempre as coisas tem coerência e hoje a minha coerência é dizer o que vier na minha mente confusa. E que mente não é confusa? A única diferença é que hoje decidi escrever alguma das minha confusões (sensações)

Nossa como existem pessoas com depressão, fiquei sabendo de um colega de escola esse fim de semana que teve depressão, será que o mundo é tão difícil ou será que nós não estamos sabendo lidar com as situações, tenho visto muitas pessoas que estão se identificando com meu problema. E sabe o que digo pra elas, o que eu digo sempre:
Você vai conseguir, eu vou conseguir!
O que eu não sei, mas não vou mais dar corda pra essa depressão!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Só sensações

O que será que acontece?
Meu médico disse que racionalizo muito. Que não deixo flui minhas sensações e meus sentimentos, mas que eu posso mascarar determinado sentimento, mas não deixar de sentir. E nossa como eu mascaro. Outro dia estava pensando no sofrimento do meu filho que eu nem sei se vou ter, quando eu tirasse a chupeta dele, eu nem sei se ele aceitaria a chupeta. Como poderia dar algo a uma criança que depois de alguns anos ia traumatizá-lo tentando tirar. (Esse trecho loucura, foi só para exemplificar como racionalizo tudo, até o que não existe).

Hoje eu bem angustiada mas só agora deixei fluir, até então estava tentando achar explicações pra isso.

Fui em várias escolas, agora que estou tentando dar aula, me vi numa escola, na primeira escola que tive contato com teatro e lembrei que desafiei um professor que não queria me chamar pra fazer a peça da escola, dizia que eu era muito nova, tinha onze anos. Depois de eu ter pedido várias vezes, ele chamou uma colega da minha classe pra participar da peça e depois chamou mais uma. Só depois de alguns meses ele disse que eu podia participar do grupo da classe. daí eu não quis mais. Hoje fui nesse colégio deixar meu currículo, parei pra pensar no que eu era como profissional até agora e por um momento me senti um lixo. Resumindo, senti várias coisas durante o meu dia e parece que tudo que me acontece é porque estou largando os remédios, será que uma pessoa comum não sente essas coisas?

Se bem que fora essas coisas hoje o dia está bem difícil, bem doído, muita vontade de chorar e poucas lágrimas, muita dor no coração e sem noção de como faz parar. Hoje por um momento eu quis muito voltar a tomar remédio, Hoje tá muito difícil. Sem motivo, minha família é linda, o Dani é lindo, tenho fé em Deus, tenho amigos maravilhos que eu amo, mas hoje tá dureza,
Hoje eu refletindo sobre essas sensações, se é melhor tomar remédio ou não.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sem criatividade

Hoje estou sem criatividade alguma, mas com vontade escrever. Meu dia hoje foi cheio de adrenalina e superação e acreditem fui em algo que jamais imaginei: Um parque de diversões. Confesso que teve momentos nada divertidos, mas foi um dia leve. Estava precisando de um dia leve.
Sem choro nem vela, muito pelo contrário estive bem viva, e essa sensação foi boa, nenhum brinquedo me trouxe isso, mas o fato de simplesmente viver o presente. Poxa, tinha me esquecido de como é bom viver o presente, que como diz minha terapeuta e eu concordo, que o presente só tem esse nome porque é um grande presente ganho. Pra falar a verdade poucas vezes eu vivo o presente, sempre vivo o daqui a pouquinho, o mais tarde, o ontem, minhas tristezas muitas vezes vem do ontem e esqueço que agora eu estou bem.

Nesse momento estou até emocionada porque eu estou bem agora e quero estar sempre bem agora.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Vai embora URUCUBACA

A dor e a tristeza tem momentos que me abatem tão forte que parece que não vou sair desse buraco. Sei que já usei palavras parecidas, não quero que isso pareça mensagem de auto ajuda, mas hoje não estão nem um pouco a fim de escrever coisas engraçadas sobre o meu tratamento.

Hoje estou particularmente triste, hoje ficaria o dia inteiro dormindo, hoje meu músculos fazem um esforço fora do comum para se mexerem, hoje eu faço um esforço muito grande para falar e para fingir um sorriso. Hoje dói ver a cara da minha mãe e do meu namorado tristes, porque não consigo sorrir, pior do que ficar triste é deixar os outros triste. Espero que quando eu acordar esteja melhor, porque hoje meu coração ta dolorido.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Difícil sim, mas sem tentar não.

Ai ai, essa semana que que passou (ainda bem qu e passou), foi dura. Estava tão comedida, tão quieta e tão sofrida que de tão triste parecia que ia desmanchar. Não escrevi, porque não tinha pique nem vontade pra escrever. Não dormi direit durante quatro noites. Não que isso seja novidade, mas é que praticamente não dormi. Sexta-feira fui na terapia, mas sem vontade, estava fazendo as coisas por fazer. Mas foi bom ter ido, tanto que depois dei uma animada e curti o sábado, mas domingo foi dose.

Hoje estou com algumas sensações estranhas: parece que estou confusa mentalmente, m,eus olhos dom, minha cabeça gira, e estou tendo um pouco de dificuldade para escrever. Meu braço dói, como a minha primeira crise. Foi assim que começou, tinha difculade de sustentar meu braço e muita tristeza. Hoje estou com vontade de chorar, mas é bom porque esses últimos dias, estava muito na base do tanto faz, hoje parece que pelo menos tem um sentimento. Hoje estou sem vontade ainda de escrever, mas não me entregar, vou levantar todos os dias da cama, mesmo que com muito esforço, vou me ajoelhar pra agradecer minha vida a Deus e começar meu dia, com a esperança de um lindo dia.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Tomar ou não tomar? Eis a questão!

Bom, tinha acabado de escrever algo bem corajoso sobre esse momento pelo qual estou passando, mas acho que foi corajoso demais, então resolvi apagar tudo e recomeçar.

Mas para não deixar ninguém curioso, vou contar sobre o que era. Mas vai ser bem rapidinho pra culpa não me corroer por muito tempo, ok?

Era sobre o quanto me dá medo parar de tomar remédio, das sensações que neguei por três anos, pela anestesia que fazia eu parecer viva e sobre o efeito da anestesia passar e eu deixar as coisas um pouco pra lá.

Nossa até isso já é difícil de escrever, ui, dói.

Mas eu sei que essa sensação não vai durar muito tempo, não é possível que dure, senão já tinha voltado as drogas e não estaria tão firme nessa decisão. Então só basta eu acreditar em mim.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Relato

Pois é. è bem mais difícil tornar fatos simples em interessantes quando não se está com muita inspiração, então vou fazer um simples relato.

Sexta conturbada, misturada com choros, culpas, palavras que não deviam ser ditas e total falta de controle sentimental.
Sábado quase uma reprise de sexta com a diferença que de que fui a terapia e a noite fui assistir a um peça de uma amiga com a mesma roupa que fui na terapia porque não deu tempo de passar em casa, sem maquiagem e me sentindo muito feia, em um lugar que só tinha gente bonita e bem arrumada, sinceramente não sei se não dar uma forcinha pra auto estima ajuda no tratamento. Mas tudo bem, sobrevivi, recitava um mantra na minha cabeça, "sou atriz e por isso sou excêntrica, ao contrário de vocês, todos almofadinhas". Não adiantou nada, como queria estar de meia vermelha e bem maquiada.
Domingo normal, tranquilo e com pensamentos nada tranquilos, o que torna meu dia normal.
Ah vomitei na madruga. Já li que isso pode ser abstinência, nada grave perto do que passei no começo do tratamento de parar o remédio. Mas a dor no estômago anda me irritando.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Trabalhando a minha raiva (quase ódio)

#@$%%%%@!@#¨¨&**!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E muito mais, já que não quero abaixar o nível não vou falar todos os palavrões que anseiam sair da minha boca.
Mas que merda como as coisas ficam mais difícil sem remédios, não estou tendo crises de abstinência, mas não lembro de ter tido tantas crises emocionais nesse últimos três anos. Mas tenho que ser forte, porque essa vontade é só momentânea, porque realmente assumi que não preciso de remédios então não preciso, mas confesso que ando um pouco mais introspectiva, com dificuldades em assumir algo na minha profissão. mas também olha que profissão eu fui escolher, é muito difícil, é um emprego por dia de um dia. Ou se vou ensaiar uma peça é uma necessidade pessoal de que ela fique pronta de um dia para o outro, senão parece que a coisa não flui. Tenho sentido as pessoas bem mais egoístas também. Ou isso é coisa da minha cabeça? Ui de novo, será que sou doida, estou escrevendo coisas desconexas, falando tudo de uma vez ou será que que é só uma nessecidade de cuspir minhas sensações? E já que minha sensações estão mais intensas porque parece que as ruins são mais fortes, será que sou pessimista? Ou comodista, se eu ficar triste, não tenho a obrigação de ir trabalhar. Nossa e nesse meio existe uma frase muito comum: Não faz isso, toma cuidado pra não se queimar. Fod...-s... se eu me queimar. Fod....-se. Ando com muita raiva reprimida, minha terpeuta diz que eu não consigo liberar minha raiva. Então vou apelar para listinha:

a) Ai que raiva daquela idiota loira que estava de fiscal "cuidando" da figuração no meu último trabalho. Da cara dela de idiota respondendo enquanto eu perguntava do meu acréscimo de dos 30% se passasse as 12horas da diária: Não sei de nada, só tenho o cachê combinado. Eu: Ok então assim que der o horário saio do meio da gravação e você que me dê meu dinheiro. A idiota: Não sei de nada. Nossa que ódio, que vontade de quebrar a cara azeda e ridícula dela tentando impor posição quando ela estava morrendo de medo. UIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

b) Nossa Até esqueci, acho que liberei mesmo minha raiva, ah lembrei: Um agência de evento queria me propor um trabalho de 12 horas por quarenta reais o dia sem condução ou alimentação, vê se pode? Eu tenho um diploma, fiz quatro anos de faculdade.

c) Ai Caral.... eu não uso a por.. do meu diploma, tudo que eu falo uma pessoa qu não estuda pode fazer como eu sou idiota estudei pra quê?

d) Put... que par... não sabia que o dinheiro ia demorar tanto pra entrar no meu porquinho.

e) Tenho vontade de dar aula, mas desde meu primeiro dia d aula tenho horror a instituição escolar?

E agora?

Ufa!!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Rrrrrrrr...

Pois, é, esse diário era só pra eu escrever coisas engraçadas e rir de mim mesma, uma espécie de terapia. mas acontece que em vez de vontade escrever coisas engraçadas para que eu possa rir, eu estou morrendo de vontade de dar um soco na fuça de alguém. Mas especificamente de um coleguinha que tive na infância, que eu vivia na casa, porque minha mãe pensava que eu gostava dela e queria brincar, quando na verdade ela era má, e fazia eu me sentir feia, chata e irritante (Não que eu não era).

Fui ao psiquiatra e... EBAAAA! Não vou usar mais antidepressivos, fiquei muito feliz e muito confiante. Ele pediu pra que na próxima consulta eu contasse sobre meus sonhos, mas eu não consigo lembrar de nenhum quando acordo. Preciso dar vazão as minhas fantasias, em vez de querer respostas prontas para tudo que eu vivo, sair um pouco do concreto e talvez eu consiga me ajudar não reprimindo tanto meus sentimentos e querendo ser perfeita. Pois é tenho esse defeito detestável que é o perfeccionismo. E não querendo ser perfeita mas eu gostaria muito de lembrar meu sonhos para contar ao psiquiatra e dar continuidade ao tratamento.

Hoje estou irritada e com vontade de quebrar a cara de um monte de gente. Então vou parar por aqui e no próximo capítulo e conto sobre o meu desejo que era oculto de quebrar a cara da minha coleguinha (será que essa raiva é saudável?).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Excesso

Difícil, tranquilo, paz, triste, sorridente, magoada, ofendida, amada, amando. É quase tudo isso que se passa em um dia de Ana. Essa semana aconteceram muitas coisas a mesmo tempo, coisas maravilhosas outras bem doloridas, acredito que seja até normal esse turbilhão de sensações. Mas a verdade é que esses sentimentos não surgem só quando ocorrem os turbilhões, mas também em dias aparentemente calmos.

Mas vamos começar por onde eu gosto, pelo começo: Ganhei um ingresso para assistir A Bela e A fera no camarote. adivinhem seu fui? É claaaaaro que não. Porque senti medo de ir sozinha e ter um surto psicótico e e culpa por não levar minha mãezinha que permite que eu a belisque, morda (tá certo que ela revida, mas só as mordidas), que me ouve chorar compulsivamente e está sempre presente. E só não comprei outro ingresso no camarote porque seria equivalente a uns quatro trabalhos bons de figuração e acontece que esse mês só trabalhei duas, pelas minhas contas não dava, então não fui. Mas olha como é engraçado porque eu acho que esse negócio de doidera é hereditário porque eu comprando dois ingressos pela plateia simples é mais barato que um camarote e minha mãe por culpa de eu gastar não quer aceitar meu presente, vai entender!
Chorei porque queria ir, e porque não queria ir sozinha e porque não tinha dinheiro e se tivesse minha mãe não ia aceitar, ufa. Doidera mesmo.

Mas isso não é bem doidera não, isso na verdade se chama problemas financeiros.

Estou começando a enfrentar meus fantasmas. Mas vou me limitar só a essa simples frase sem me aprofundar porque são muitas coisas e hoje embora eu realmente acredite que estou mais corajosa, quero ficar um pouco quietinha com o meu turbilhão de sensações.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A vítima

Tenho pessoas lindas em minha volta que sempre se tornam vítimas do meu momento loucura. Ontem foi a vez do Daniel, meu namorado. Poxa como ele sofreu. Comecei a chorar compulsivamente enquanto jogavámos vídeo game. Ele literalmente foi uma vítima eu chorava e ele inutilmente tentava me acalmar, "Deita desse jeito. Conversa comigo. Respira fundo. Entre outras coisa" Eu só chorava e dizia não quero! Não Quero! Não! Igualzinho a uma criança birrenta e chata que quer comer o chocolate antes da janta. Só que foi ficando um pouquinho pior, quando comecei a apertá-lo e acho que até cheguei a machucá-lo e quando ele pedia calma eu dizia que queria quebrar o dedão do pé (porque especificamente o de não eu não sei, algo muito complexo a ser explicado). Até que minha mãe chegou e gentilmente ofereceu seu braço " Filha você quer me beslicar?" Eu recusei, achei que seria abuso da minha parte aceitar. Depois de muito chorar resolvi tomar remédio pra dormir, porque ontem de verdade eu desejei tomar o antidepressivo, ontem eu queria eu precisava eu me desesperei por um. Só passou porque eu dormi.

Mas hoje quero me dar o direito de um momento auto piedade: Tem momentos que parece que meu coração bate fora do meu peito, e isso me deixa vazia, é um sensação estranha e confusa, eu não gosto, e tenho vontade ficar quietinha. Tenho vontade de me encolher num cantinho e chorar , só chorar.
Ainda no momento auto piedade (agora acho que realmente terão dó de mim), eu estava tendo um dia muito gostoso como babá de uma criança que eu amo, mas parecia que tinha algo triste, algo errado e como diz mo madre, é como se fosse uma música de fundo, mas a música era muito triste.

Chega agora vou provar o quanto sou forte. Hoje a noite ainda não surtei e pelo jeito que estou julgo que não vou surtar, vou tomar um banho bem quentinho e dormir o sonho dos justos e ex-drogados.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vontade de Viver

É engraçado que minha vontade viver fez com que eu tivesse vontade de parar, é engraçado como a vontade de viver torna-se quase um esforço quando você tenta parar com as drogas.

Enfim, embora hoje eu tenha trabalhado em um evento muito bacana, estou me sentindo feia, chata e mal amada ( fico perguntando para os meu pais e meu namorado toda hora se eles me amam), acho até a Helga (minha cachorrinha castrada mais atraente que eu).

Antes eu queria fazer um comentário, ou uma manifestação, ou uma exclamação, ou simplesmente uma opinião. Fico besta quando falo para as pessoas que parei de tomar remédio e elas se identificam e falam "Nossa também passei por isso". Eu não sabia que tinha tanta gente louca que nem eu. Mas sabem o que é pior, quem tem gente que não é tão louca, pelo menos não para o padrão da anormalidade, porque até a anormalidade tem um padrão, passou disso, putz já era, toma remédio. Mas todo esse comentário é para dizer que antes de eu parar eu estava desesperadamente tentando trocar de psiquiatra e a consulta mais próxima era com uma espera de dois meses. Ainda bem que tenho meu pai e meu pai é uma pessoa querida que tem muitos amigos, logo pude recorrer ao meu mais novo e querido psiquiatra (nesse eu realmente confio).
Voltando, logo se a espera era em dois meses imagina a galera que tem medo dos seu próprios sentimentos? O mundo está usando drogas lícitas porque está na moda. Já li várias reportagens e um farmacêutico disse pra minha mãe que nunca viu, antidepressivo sair mais que analgésico como nos dias de hoje. Ou seja o Antidepressivo virou analgésico da mente. Uau, fiquei bege.

Hoje além de contar como tem sido as minhas crises de abstinência, quero esclarecer o quanto é importante confiar no médico. besta que eu fiquei tanto tempo com os outros dois que me entuchavam de remédio e nunca sabiam como eu realmente tava ( o estado patológico). Resumindo tive três psiquiatras antes desse atual. O primeiro conversava muito comigo e nunca direto ao ponto "Como vocês está se sentindo? Você chora muito? Está triste? Está feliz?" Ele conversava me contava fatos da vida dele (até hoje me pergunto se era fictício ou não?), até chegar onde ele queria sem eu perceber que a consulta já tinha começado. o segundo tem futuro, mas ainda sim ele era um pouquinho mais direto. O terceiro então, nem olhava pra minha cara e já na segunda consulta aumentou minhas doses em cinquenta porcento. Agora esse último conversa bastante, demorou pra eu perceber que já estava na consulta, até que eu chorei por causa da nossa conversa.

Fiz um grande descoberta, quanto mais o psiquiatra conversar e você achar que ele está falando um monte de coisas sem sentidos, mais ele sabe e entende da profissão.

Agora vamos a parte que interessa e mais engraçada: as crises de abstinência. Tem quer engraçado porque senão eu deito na minha cama quentinha e choro.

Tenho sentindo um formigamento na cabeça, parece uma brisa, quando eu pisco parece que os movimentos ficam mais lentos, chega até ser bacana, Pareze q'eu tzô bebinha. Mas isso só acontece a noite. Bebo água adoidado cerca de quinze copos por dia. E é muito engraçado porque se eu com muita fome eu penso que é a falta do remédio, seu eu sem fome também, se sem fome também, se estou com muita sede também, se estou irritada então. Ou seja esqueci que tenho uma personalidade e um corpo como qualquer outra pessoa. Mas as vezes eu lembro e seguro a onda. Mas a noite é muito ruim, vou tentar dormir cedo todo os dias, porque ontem eu além de querer correr e gritar, beslicava a minha mãe pra passar (sem maldade). Choro sem pudor a qualquer hora e momento. Já falei que sinto muita sede? Pois é, parece que a água que bebo não mata minha sede. Mas sabe que eu acho que não está tão ruim assim? Tá até tranquilo, tirando o fato que ontem fiquei com muita vontade de tomar um dos meu queridinhos, mas passou graças a Deus, a minha mãe e a um vestido comprado com o qual foi pago com um dinheiro que não tenho (detalhes, são só detalhes).

Hoje estou bem irritada e é jogo do Corinthians, se ele não ganhar vou ficar puta e colocar a culpa de qualquer crise nele. Eu prometo que vou tentar não colocar culpa na falta dos remédios. Só hoje. Meu nome é Ana e faz 18 dias que não uso drogas.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Nossa é difícil mesmo

Antes eu xingava os ex-drogados que paravam de se drogar e iam fazer palestras, achava completamente hipócrita, hoje não penso mais assim, porque é muito fácil começar, mas parar exige muita força de vontade.

Realmente é um processo muito árduo pelo visto, passou Sábado, o dia seguinte do meu primeiro distúrbio oficial e fiquei até bem. O máximo que tive foram tonturas (mais), taquicardia e dor de estômago, mas desde que comecei de parar de tomar o remédio meu estômago tem doído muito, isso quando não fico com dor de barriga que é quase todo dia.

Mas antes disso, queria contar um pouquinho mais de como embarquei nessa história. Eu lembro que na minha primeira visita ao psiquiatra ele me pergunto: Você já usou drogas, eu respondi que não, então ele disse: "AGORA VOCÊ VAI COMEÇAR A TOMAR SÓ QUE COM DIFERENÇA DE QUE ESSAS SÃO LÍCITAS." Não me impressionei nem um pouco com essa frase, só estava ansiosíssima para ser uma nova pessoa. Demorou alguns bons dias para que eu começasse a sentir os benefícios do remédio. Mas com o passar dos meses fui me sentindo cada vez mais segura e muito mais leve, sem falar que emagreci bem uns dez quilos, porque parei de comer doces como uma louca (segundo meu psiquiatra eu tentava saciar minhas dificuldades através de alimentos gordurosos, isso me rendeu uma bela celulite e quem disse que eu não viciada, afinal 100 gramas de chocolate por dia não é pra qualquer um), enfim estava muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito feliz.

Tive alguns poréns, que não eram bem meus, alguns de meus amigos começaram a me achar estranha e muito chata, mas relevei isso e peneirei alguns porque eu estava feliz e se o fato de estar feliz incomodava não queria, porque eles realmente não estavam preocupados de eu estar tomando remédios forte, mas os que estavam faziam mil perguntas do tipo: Você fez exame de sangue, neurológico, então como você sabe que seu problema é químico, menti, para não ter encheção: "Claro que fiz, todos os exames, tudo certinho, vi quais eram os problemas e realmente eram problemas que só o remédio resolvia. Mentira feia, feia mesmo, porque acredito que não tenha outra forma de um psiquiatra diagnosticar senão através de examos clínicos. E quer saber o primeiro profissional com o qual me tratei cerca de um ano, era ótimo, conversava muito, jogava questões que hoje percebo que eram espécies de pegadinhas para ele saber realmente qual era o meu estado. Agora os outros dois, foi dose, mal olhavam pra minha cara se bem que o segundo tentou trocar algumas vezes o remédio de dormir.

E agora estou no quarto psiquiatra que está me avaliando para parar. Ele me parece muito com o primeiro, olha, conversa, deixa eu falar, me olha, fala, filosofa, ele é muito bom, pelo menos é o que preciso agora.

Agora voltando a abstinência, hoje eu não sei se estou sendo muito clara, mas é que acabei de sofrer o que acredito ser outro distúrbio, minha mão está doendo, resultado de um soco no guarda-roupa (está até roxo). Minha cabeça dói, chorei muito e estou rouca, gritei bastante. Estou triste e envergonhada, mas espero que passo acredito que passe, senão tinha corrido para os meus queridinhos antidepressivos que ainda não joguei fora (vai que eles podem ser úteis).

Ah observação: Parei de digirir, porque quase bati o carro na quinta, estou com algo estranho na minha visão, parece que sofro com excesso de informação, é difícil de explicar, meu estômago dói muito e não é raro quando tenho que ir correndo pro banheiro.

Mas tenho certeza que isso vai passar, antes tinha um prazer enorme em ter meus remedinhos no ingerido religiosamente e de uma hora pra outra quis parar, não deve ser a toa, ?

sábado, 13 de junho de 2009

Como tudo começou

Devo confessar que o título do blog é só para chamar atenção porque tenho certeza de que não me esforço em nada para ser uma pessoa normal. Tentando evitar clichês de que ninguém de perto é normal vou resgitrar em alguns ítens o que me faz mais anormal.

a) Sou cômoda e adoro estabilidade, só que escolhi a profissão de atriz que além de ser super instável, me faz levantar todo dia pensando como será a nova jornada.
b) Antes escolher que faculdade fiquei muito tentada a fazer gastronomia em busca de estabilidade (obs: detestava comer).
c) Acreditar que fiz algo realmente normal, porque todo mundo na vida moderna faz, em tomar remédios antidepressivos e ansiolíticos (remédios para dormir).
d) Estou parando de tomar remédios, pelo menos o antidepressivo, não tem nada de errado em querer dormir uma noite inteira.

Resolvi escrever como espécie de terapia e para descrever o meu processo de desintoxicação, penso que deve ser bom contar ao médico como me sinto sem remédios.

Faz aproximadamente três anos que comecei com as drogas. Depois da primeira viagem a trabalho fazendo uma propaganda teatral com bonecos pelo Sul e Sudeste do País, cheguei em São Paulo com a sensação de dever cumprido e muito feliz de ter conseguido ficar nove semanas longe do meu pai e da minha mãe sem sofrer horrores com síndrome do pânico (essa doença foi muito presente na infância e adolescência). Mas quando voltei, voltei pior e com mais medo, tristeza profunda e ás vezes uma euforia inexplicada, acompanhada de vontade gritar, pular no sofá e esmagar meus cachorros, olha que coisa voltamos a instabilidade. Tive uma crise intensa de medo quando desmaiei segundos antes de entrar no palco. Percebi que tinha algo errado. Antes de estrear a próxima peça procurei um massagista aconselhada pela minha ex-chefe para tentar dormir (ela tinha percebido o tamanho das minhas olheiras). A massagem foi ótima, mas ele foi categórico: - O seu problema é químico, você precisa se abrir para o mundo, você deve ver tudo em preto e branco - E não é que ele matou a charada? Fui a um psiquiatra muito bom que conversava muito comigo e me deu dois tipo de remédio. Depois de algumas semanas estava vendo o mundo colorido muito feliz e brincalhona, mega sociável. Todos no trabalho gostavam de mim, diziam que eu era a estagiária mais engraçada e muitas vezes diziam que eu era o máximo. Adorei o remedinho. Passei a fazer apologia aos benditos remedinhos. Fiz um papel ótimo na peça e fiz com muita segurança. Enfim depois de uma longa e feliz jornada com remédios, decidi parar, quando comecei a mudar de médicos e perdi a segurança.
Depois do último médico esquecia de tomar o remédio várias vezes e muitas vezes só lembrava quando começava a sentir uma espécie de mal estar.

Enfim decidi parar. Parei a cerca de duas semanas e fui ao psiquiatra só depois para ele não me desencorajar, fui em um amigo do meu pai, que conversou muito comigo e disse para eu voltar com ele daqui duas semanas sem tomar remédio para ver como eu ia me portar. Fiquei feliz.

Ontem tive a minha primeira crise de abstinência, estava dentro do cinema e comecei a sentir cansaço muscular misturado com dor muscular, foi horrível, minha juntas doíam, tudo doía, minha cabeça girava, sai do cinema liguei para o meu pai enquanto o Dani (meu namorado) me escoltava e me protegia dos funcionários do cinema que queriam que eu saísse do chão ou que eu fosse atendida pelo bombeiro. Meu pai tem um poder incrível de me acalmar e mesmo em crise ele conseguiu, fiquei bem melhor embora a dor continuasse. Consegui superar e fiquei muito orgulhosa de mim.

Segundo meu pai tive um distúrbio neuro vegetativo, que nome assustador. Espero que não aconteça de novo.
Este blog é para registrar os meus dias sem o remédio para me encorajar a ficar sem ele. Espero que eu consiga e que amanhã não tenha muitas novidades estranhas sobre a abstinência