Anos e anos sem remédio. Em um descuido de medo intenso ao entrar em um avião de hélice, entornei meu velho companheiro clonazepan. Você querido amigo me permitiu que viajasse tranquila e sem medo, permitiu que eu curtisse a viagem. Depois de uma apresentação da qual não me senti inteira, foi você quem me tranquilizou e disse que estava tudo bem, que nada era tão grave. Dias foram se passando e cada susto ou cada situação um pouco mais incômoda pode dizer estou aqui e sou seu grande companheiro e ombro amigo.
Passei por dores inimagináveis em meu corpo e você me pode fazer deitar a noite e dormir, mesmo sentindo tamanho receio sem saber se poderia atuar novamente e essas dores não tinham nome e nem motivo para estarem lá.
Pois bem, depois de meses, luto para passar uma noite sem você. Amigo, sinto lhe dizer mas você é muito insistente e não sabe seu limite, me dê um tempo, preciso respirar. Já não sei mais resolver meus problemas sozinha. E a cada dia eles tem se tornado mais pesados, não sei se por excesso de você ou por falta de mim.
Não te aguento mais, por favor vá embora.
domingo, 14 de maio de 2017
Assinar:
Postagens (Atom)